Artigo
Gastar mais ou gastar melhor? Eficiência e produtividade nos Institutos Federais do Brasil
Camila Carol de Maria Artigos
Este artigo tem o objetivo de analisar a evolução da produtividade e da eficiência dos gastos públicos em educação nos Institutos Federais (IFs) de Educação, Ciência e Tecnologia do Brasil no período entre 2010 e 2017. A análise é realizada em período que inclui o processo de expansão da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica no Brasil, institucionalizado em 2008, com o advento da Lei n.11.892/2008, que ampliou a oferta de vagas e, de forma consequente, elevou os gastos públicos em educação. A amostra do estudo é composta por 263 observações referentes aos 38 IFs brasileiros, distribuídas em um painel desbalanceado. O método de análise envoltória de dados (DEA) e a aplicação do índice de Malmquist (IPM) foram empregados para mensurar os escores de eficiência e de produtividade, respectivamente. Além disso, foi utilizada a análise descritiva e de variância (Anova) a partir dos institutos, das regiões e do período analisado. A eficiência média encontrada, de 73,7%, apresenta-se equiparada às evidências empíricas realizadas a partir de outras instituições de ensino. Adicionalmente, verificou-se que parte representativa dos IFs mais eficiente está localizada na região norte e sudeste do país. Conclui-se que, ao longo do período de expansão da rede federal de EPCT, os IFs apresentaram ganhos de eficiência e de produtividade, resultado contrário à hipótese proposta.


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